A tarde de terça-feira, 28, em Lisboa, estava quase tão abrasiva como as relações entre as principais figuras da direita portuguesa. De camisa azul clara, com as mangas arregaçadas, e após um café que lhe permitiu aguentar 1h45 de entrevista (atualizada ainda, por telefone, no domingo, 2), Francisco Rodrigues dos Santos, 31 anos, respondeu a tudo: do combate à Covid-19 ao romance discreto que António Costa e Rui Rio parecem manter; da ameaça de André Ventura à recusa de alianças com Chega e Iniciativa Liberal; da resistência a Adolfo Mesquita Nunes ao ceticismo em relação a Marcelo Rebelo de Sousa.
Desde o estado de emergência até ao desconfinamento progressivo, o que falhou na gestão da pandemia?
Faltou a testagem massificada, os inquéritos de saúde – para se identificarem as cadeias de transmissão, uma vez que estamos a ter alguma dificuldade em explicar escaladas de infeções, sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo – e que fossem elaborados planos de contingência que colocassem a salvo os grupos de risco, nomeadamente os idosos. E é necessário, mais do que aguardar por uma solução europeia, injetar liquidez na economia para salvar empresas e garantir postos de trabalho. No final deste mês, acaba o layoff simplificado e os pequenos e microempresários, se não mantiverem um nível de apoios que lhes permita minimizar as perdas, vão ter de abrir insolvência. Por isso é que temos proposto o alargamento do layoff simplificado até ao final de 2020, um mecanismo de acerto de contas entre o Estado e os contribuintes, sejam empresas, sejam famílias…
Para responder a esta crise defendeu “um plano agressivo de desregulação da economia”. Em que se traduz isto?
O CDS defende uma estratégia de patriotismo económico que passa por uma aposta radical nos nossos setores produtivos – devem ser valorizados os produtos portugueses e as marcas portuguesas – e que haja um apelo à grande distribuição para que compre essas marcas.
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