O presidente do PSD enviou esta sexta-feira, 21, um comunicado aos restantes 78 deputados em que estabelece as novas regras de comunicação do partido. Num documento a que a VISÃO teve acesso e que está a ser interpretado por alguns parlamentares como uma espécie de lei da rolha, Rui Rio determina que, daqui para a frente, os contactos com a comunicação social deverão “ser sempre efetuados de forma articulada através da assessoria de imprensa”.
Traduzindo, o líder social-democrata e também chefe da bancada “laranja” quer acabar com a comunicação direta entre parlamentares e jornalistas, vincando que esta nova organização, “sendo lógica”, não deixa de ser “ambiciosa”. Por isso mesmo, pode ler-se na nota informativa enviada aos deputados, “o seu êxito depende, em larga medida, da capacidade de todos, seja ao nível político como ao nível técnico”.
No comunicado, Rio dá conta da “reestruturação” que está a operar na comunicação do grupo parlamentar, “com o objetivo de otimizar o trabalho desenvolvido nas diversas áreas de atuação” e revela que, doravante, a comunicação do partido “será gerida de forma integrada por uma equipa única, responsável pela divulgação de todos os conteúdos produzidos” tanto na sede (na S. Caetano) como na Assembleia da República.
A intenção da direção do PSD é assegurar “a coerência política e a eficácia da mensagem” e garantir, em simultâneo, uma “ampla difusão da mesma” a nível nacional, regional e local. Na prática, passará a haver uma equipa alargada “em permanência” no hemiciclo, que irá trabalhar “diretamente” com a coordenadora da comunicação do partido, Florbela Guedes, que o acompanha o líder social-democrata desde os tempos em que Rio era presidente da Câmara Municipal do Porto.
“Para além do tratamento das notícias que marcam a atualidade, queremos dar sobretudo destaque ao trabalho desenvolvido nas comissões, através da imprensa local e dos meios de comunicação digital que temos ao nosso dispor e que iremos ainda aperfeiçoar”, pode igualmente ler-se no documento, que acrescenta ainda que só dessa forma o PSD conseguirá dar a conhecer aos eleitores o seu trabalho e os seus projetos para o País “de forma coerente e organizada”.