“Tivesse o Bloco tido mais força e o Banif não tinha sido entregue ao Santander. Tivesse o Bloco mais força e o governador do Banco de Portugal não continuava a assustar o país com ameaças de colapso bancário umas atrás das outras. Tivesse o Bloco mais força e Portugal não tinha assinado com a Turquia a vergonha do acordo anti-humanitário que é o contrário do que a Europa tinha que fazer”, sustentou a porta-voz bloquista, aplaudida por centenas de militantes e apoiantes em Lisboa.
Catarina Martins falava no pavilhão desportivo do Casal Vistoso na sessão de abertura da X Convenção do Bloco de Esquerda, que hoje e no domingo decorre na capital portuguesa.
Não a mais referendos
À chegada, questionada pelos jornalistas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, decidida pelos britânicos em referendo, a deputada considerou que “este não é o momento dos países saltarem com cartadas de referendos”, mas de “pôr em cima da mesa alternativas pensadas” para depois haver “espaços que possam ter legitimidade democrática”.
Segundo Catarina Martins, “o euro e a União Europeia, hoje, não são uma solução” para todos os países, mas sim “um problema”.
“Mas isso não quer dizer que não resida na Europa uma solução de futuro para todos os países. O tempo não volta para trás, não vamos ser nações isoladas”, alertou, reiterando que “a construção europeia, tal como ela foi feita, não serve”.