Começa amanhã, sábado, pelas dez da manhã, a recepção e acreditação dos congressistas que vão participar no conclave extraordinário do PSD. A XXXII reunião magna dos sociais-democratas foi convocada depois de Pedro Santana Lopes ter recolhido 2500 assinaturas para debater questões estatutárias, como o modo de eleição do líder.
A partir do meio-dia, Rui Machete procederá à abertura dos trabalhos no Pavilhão do Parque Desportivo Municipal Engº Ministro dos Santos, em Mafra, onde se aguarda com expectativa uma das últimas declarações de Manuela Ferreira Leite ao congresso, na qualidade de líder (a outra será no domingo).
O tema central em discussão será, porém, a alteração dos estatutos que foi formalizada através de três propostas: uma patrocinada por Santana, outra pelo autarca Manuel Frexes e outra por onze distritais do partido – havbia mais duas mas foram retiradas do site do PSD. No essencial, o que está em causa é o regresso à eleição do líder em congresso e a existência de uma segunda volta entre os dois candidatos mais fortes, sempre que o presidente não for escolhido por metade dos votos.
Mas este conclave funcionará também como uma espécie de “primárias” para os quatro candidatos à liderança – Pedro Passos Coelho, Paulo Rangel, José Pedro Aguiar Branco e Castanheira Barros. Os delegados, que na sua maioria (mais de 60%) foram eleitos nas listas de Passos Coelho, estarão atentos aos discursos, aos apoios visíveis e aos argumentos dos vários concorrentes e disso dependerá o resultados das directas, no dia 26 de Março.
Nos corredores do PSD fala-se ainda na possibilidade de este congresso assistir a algumas surpresas como o aparecimento de Marcelo Rebelo de Sousa ou de Rui Rio para fundir as candidaturas de Paulo Rangel e Aguiar Branco. Até dia 19 de Março (data limite para apresentação de candidatos), tudo é possível.