Paulo Rangel tem 41 anos, é deputado pela primeira vez na actual legislatura, jurista e define-se como um institucionalista.
Questionado ao início da tarde de terça-feira sobre a possibilidade de trocar o Parlamento português pelo Parlamento Europeu, Paulo Rangel recusou responder, afirmando que tinha um dever de reserva sobre a matéria.
“Já sabem que eu sou um institucionalista, portanto cumpro sempre as obrigações institucionais”, observou aos jornalistas.
Paulo Artur dos Santos Castro de Campos Rangel, nascido a 18 de Fevereiro de 1968, licenciado em Direito, professor universitário e jurisconsulto, aponta 2001 como o momento da sua entrada na actividade política.
“Fui redactor do programa de candidatura do dr. Rui Rio nas autárquicas de 2001, redigi-o pelo meu punho. Foi aí que eu entrei na política”, disse à agência Lusa em Julho do ano passado.
Entre 2004 e 2005, no executivo PSD/CDS-PP chefiado por Pedro Santana Lopes, foi secretário de Estado Adjunto do ministro da Justiça, José Pedro Aguiar Branco.
Deputado pela primeira vez na actual legislatura, Paulo Rangel manifestou publicamente o seu apoio a Manuela Ferreira Leite nas eleições directas de Maio de 2008 para a presidência do PSD.
A seguir à vitória de Manuela Ferreira Leite, retomou o mandato de deputado, que tinha suspendido em Dezembro de 2007. Pouco depois anunciou que era candidato à liderança parlamentar do PSD.
A data indicada para a sua filiação no PSD é Maio de 2005, mas a sua condição de militante, exigida ser líder parlamentar do partido, esteve por regularizar até uma semana antes de anunciar que era candidato ao cargo, em Junho de 2008.
Com o apoio da presidente do partido, Manuela Ferreira Leite, foi eleito líder do grupo parlamentar do PSD no final desse mês, com 41 votos a favor, 23 contra, seis votos em branco e dois nulos, numa eleição em que participaram 72 dos 75 deputados do partido.
Cerca de dez meses depois, Paulo Rangel volta a ser escolhido por Manuela Ferreira Leite, desta vez para encabeçar a lista do PSD às eleições de 07 de Junho para o Parlamento Europeu, o primeiro dos três actos eleitorais deste ano.
Em Julho do ano passado, em declarações à agência Lusa, considerou que os estados de alma, as impressões, as expectativas e as histórias pessoais são “um lado irrelevante” das funções políticas porque a política “não é entretenimento”.
“São funções institucionais, não são assunto de sentimentos pessoais. Nem têm dramatismo, nem são uma banalidade. São funções institucionais. Não é entretenimento. Eu entendo assim”, declarou.