A jornalista russa Oksana Baulina morreu esta quarta-feira durante um bombardeamento a um centro comercial em Podilskyi. No mesmo incidente, morreu ainda outra pessoa e dois cidadãos ficaram feridos.
Com 42 anos, Oksana Baulina trabalhava para o The Insider, um site de notícias independente, cobrindo os acontecimentos em Kiev e Lviv. Ao comunicar a morte da jornalista, o site em que trabalhava contou um pouco da sua história: “Antes de ingressar no nosso projeto, Oksana trabalhou como produtora para a Anti-Corruption Foundation”, uma organização sem fins lucrativos criada pelo opositor do Kremlin Alexei Navalny.
“Depois de ser considerada uma organização extremista, teve de deixar a Rússia para continuar a relatar a corrupção do governo russo para o The Insider”, lê-se no artigo, sendo que a jornalista ainda chegou a ser detida num protesto contra o governo russo.
Antes disso, Oksana começou a sua carreira a trabalhar em revistas de lifestyle, como a Time Out Moscow e a In Style, onde esteve durante dez anos.
O jornalista de investigação Alexey Kovalyov prestou, na sua conta de Twitter, homenagem a Baulina, referindo que era uma jornalista “com uma noção incrível de clareza moral”.
Oksana Baulina é a sétima jornalista a ser morta no confronto entre os dois países: o jornalista ucraniano Shakirov Dilerbek Shukurovych, o operador de câmara ucraniano Yevhenii Sakun, o jornalista de investigação Viktor Dudar, o jornalista Brent Renaud e os dois jornalistas da Foz News, Pierre Zakrzewski e Oleksandra Kuvshinova foram os seis outros profissionais que, até agora, perderam a vida ao cobrirem de perto a guerra entre a Ucrânia e a Rússia que, de acordo com a ONU, já provocou mais de mil vítimas civis.