Numa declaração divulgada este domingo à noite, o gabinete de Ramaphosa anunciou que o Presidente tinha previsto chefiar uma delegação da África do Sul à estância turística na Suíça para promover o país como um destino de investimento, mas a indignação da população face à crise da eletricidade forçou-o a agendar reuniões urgentes no país.
O grupo público de produção e fornecimento de energia elétrica, Eskom, tem levado a cabo um elevado número de apagões de energia, afetando tanto lares como empresas até 10 horas todos os dias até novas indicações.
Falta de manutenção obrigatória, avaria de várias unidades geradoras em centrais elétricas envelhecidas e anos de corrupção são as causas identificadas responsáveis pela incapacidade da Eskom satisfazer a procura de eletricidade.
Ramaphosa vai reunir-se com líderes dos partidos da oposição, com o Comité Nacional para a Crise Energética e com a direção da Eskom, segundo o porta-voz da Presidência sul-africana, Vincent Magwenya.
Na semana passada, o regulador de eletricidade da África do Sul aprovou um aumento do preço de venda da eletricidade aos consumidores de 18% este ano e um novo aumento em 2024, apesar da incapacidade da elétrica garantir um fornecimento fiável.
A África do Sul está a tentar acrescentar capacidade elétrica adicional através de investimento em fontes de energia renováveis como a energia eólica e solar, mas os resultados práticos não podem ser esperados para o curto prazo.
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