Talvez pareça exagerado o recurso a figuras mitológicas, mas a verdade é que o regresso de Lula da Silva à Presidência da República do Brasil se parece mais com o renascimento de uma fénix do que com qualquer capacidade política que as melhores teorias desta ciência possam explicar. E nem sequer falta a data simbólica: exatamente duas décadas depois da sua primeira tomada de posse, o antigo metalúrgico surge qual salvador esperado de uma pátria que, nos últimos quatro anos, viu aumentar exponencialmente o número de pobres, perdeu importância na cena internacional, ignorou ser guardiã de um dos maiores tesouros naturais do planeta e foi protagonista de uma das mais controversas políticas – ou ausência dela – de combate à Covid-19, que causou a morte a quase 700 mil pessoas em todo o país.
Tal como o herói grego Hércules, Lula, filiado no Partido dos Trabalhadores (PT), enfrentará vários trabalhos – deverão ser mais do que 12 – que se podem dividir em quatro principais áreas: social, internacional, ambiente e economia.
