Foi enquanto dizia as palavras em curdo “Jin, Jiyan, Azadi” – “Mulher, Vida, Liberdade” – que Abir Al-Sahlani, eurodeputada sueca, pegou numa tesoura e cortou o cabelo durante o seu discurso no Parlamento Europeu, relembrando e mostrando solidariedade para com as mulheres iranianas.
“Até que o Irão seja livre, a nossa fúria será maior do que a dos nossos opressores. Até que as mulheres do Irão sejam livres iremos apoiar-vos”, disse a eurodeputada na sequência da morte de uma jovem detida pela “polícia da moralidade”.
A República islâmica tem sido palco de protestos desde que Mahsa Amini morreu a 16 de setembro. Dezenas de pessoas, principalmente manifestantes, mas também membros das forças de segurança, foram mortas durante comícios descritos como “tumultos” pelas autoridades, enquanto centenas de outras foram presas.
“O Tribunal Penal de Teerão abriu uma investigação para determinar a causa da morte de Nika Shakrami”, segundo disse na terça-feira o procurador da capital, Ali Salehi, citado pela agência Irna. “Foi emitida uma ordem para investigar o caso e estão a ser tomadas as medidas necessárias a este respeito”, acrescentou.