Helen Rhodes já não via o pai e a mãe desde o início da pandemia, há dois anos. Com muitas das medidas preventivas foram levantadas, decidiu viajar de Tung Chung, Hong Kong, onde morava há 15 anos, até ao Reino Unido. Foi precisamente nesse voo que Helen “morreu durante o sono”.
Poucas horas depois da descolagem, na passada sexta-feira, Helen foi “encontrada sem reação” e não pôde ser reanimada, conta uma amiga, Jayne Jeje, na página do GoFundMe que criou para “ajudar a financiar a trasladação do corpo de Helen da Alemanha para o Reino Unido” e para ajudar a pagar o funeral. Além disso, a tragédia aconteceu “em frente aos filhos”, escreve Jeje. “Durante as oito horas restantes do voo, Helen dormiu sem respirar no seu lugar”. Não se sabe ao certo as causas da morte da parteira.
A amiga de Helen acrescenta: “Embora tenha sido extremamente traumatizante para a família, todos tiveram tempo de dizer o que precisavam de dizer”. O avião pousou em Frankfurt, onde o corpo ainda está, enquanto o marido, Simon, e os filhos Nathan e Emma viajaram para o Reino Unido.
A sua vida em Hong Kong era boa, conta. “Helen adorava conversar e fazer amigos com facilidade. Ela não conseguia andar alguns metros e não encontrar alguém que a conhecia pelo nome”, revela a amiga. “Ela foi uma das primeiras integrantes de um grupo bem unido e diversificado chamado Tung Chung Mums”, onde outras mães podiam pedir ajuda caso “tivessem alguma dúvida médica”.
“Helen sempre se colocou à disposição para ajudar os outros. Ela era inteligente, espirituosa e generosa”, escreveu Jeje. “Só podemos esperar que ela soubesse o quanto ela significava para nós.” No Facebook, um morador de Tung Chung descreveu Helen como “a pessoa mais atenciosa, generosa e atenciosa”, apesar de conhecê-la apenas dos “portões da escola”.