A associação patronal considera que o desempenho negativo se deveu a problemas no fornecimento de peças, agravados pela guerra na Ucrânia.
A produção automóvel brasileira atingiu 184.786 veículos ligeiros, camiões e autocarros no mês de março, o que equivale a um aumento de 11,4% face a fevereiro, embora na comparação com o mesmo mês do ano passado tenha caído 7,8%, segundo a Anfavea.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, disse numa conferência de imprensa que, além do problema persistente no fornecimento de semicondutores, a terceira vaga da pandemia causada pela variante Ómicron, que atingiu o país nos dois primeiros meses do ano, afetou os resultados.
O representante das fabricantes automotivas que atuam no país também citou “o volume de chuvas e inundações acima da média” em várias regiões do Brasil, o que afetou “a movimentação de clientes e a operação de vários revendedores.”
Moraes notou que a falta de semicondutores e os problemas na cadeia logística de suprimentos não é um problema exclusivo do Brasil, mas mundial, e que pode se complicar ainda mais com a invasão militar russa da Ucrânia.
Por outro lado, o Brasil, maior produtor de veículos da América Latina, exportou 108.055 unidades no primeiro trimestre de 2022, total 12,8% maior que no mesmo período de 2021.
Em valores, as exportações totalizaram 2,1 mil milhões de dólares (1.95 mil milhões de euros) entre janeiro e março, montante 23,2% acima do valor registado no mesmo período do ano passado.
CYR // PJA