Os dois portugueses detidos em Espanha e acusados de alegada agressão sexual em Gijón (norte de Espanha) vão aguardar julgamento em liberdade depois de, cada um deles, pagar uma fiança de 5.000 euros e entregar o passaporte.
De acordo com uma cópia, obtida pela agência Lusa, do auto redigido por um juiz de Oviedo (norte de Espanha), o magistrado concorda que os dois portugueses podem aguardar o julgamento em liberdade, juntando-se ao dois outros também suspeitos da mesma violação e que já foram libertados.
O tribunal estipula que, antes de sair, cada um deles terá de pagar uma fiança de 5.000 euros, entregar o passaporte, ficando ainda “proibidos de sair do território da Península” Ibérica, aproximar-se “a menos de 300 metros das prejudicadas” ou tentar “comunicar com estas através de qualquer meio ou procedimento”.
“O juiz deu razão ao recurso à decisão de prisão preventiva que apresentámos”, disse hoje o advogado que defende os quatro portugueses.
Germán Inclán estava ao fim da manhã de hoje à porta da prisão em Gijón em que ainda estavam presos os portugueses, acompanhado por vários familiares dos detidos que também aguardavam a libertação.
A justiça espanhola tinha decidido em 26 de julho deter dois dos quatro portugueses acusados de alegada agressão sexual em Gijón, deliberando ainda libertar cautelarmente os outros dois homens.
Duas jovens mulheres, uma delas de Gijón e uma outra da cidade de Bergara, apresentaram na altura queixa na polícia, alegando terem sido agredidas sexualmente pelos portugueses nessa madrugada.
Os portugueses, todos com menos de 30 anos de idade, tinham defendido a sua inocência perante o magistrado, negaram os atos criminosos de que são acusados e asseguraram que as relações sexuais com as duas jovens mulheres foram consentidas.
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