Juli A. Mazi, médica homeopática americana, informou, alegadamente, os seus doentes que os comprimidos de imunização criavam uma reação de anticorpos no sistema imunitário. De acordo com a Procuradora-Geral-Adjunta, Lisa O. Monaco, citada pelo Departamento de Justiça da Califórnia, nos EUA, “esta arguida burlou e pôs em perigo o público, ao incitar o medo e espalhar desinformação sobre as vacinas autorizadas pela Food and Drug Administration (FDA)”.
De acordo com a mesma entidade, a mulher, que foi detida na última semana, referia que as vacinas continham “ingredientes tóxicos” para conseguir, ao mesmo tempo “vender tratamentos falsos que punham em risco a vida das pessoas”. “Pior ainda, a arguida criou, alegadamente, cartões de vacinação COVID-19 falsos e manipulou as pessoas a assinar falsamente que tinham recebido uma vacina, permitindo-lhes contornar os esforços para conter a propagação da doença”, explica a mesma fonte.
Para encorajar as pessoas a comprar os seus comprimidos, a médica californiana iludiu as pessoas também com uma suposta “imunidade vitalícia” ao vírus estes proporcionavam. “Em vez de divulgar medicamentos e informações válidas, Juli Mazi lucrou com a venda ilegal de medicamentos não aprovados, suscitando falsos receios e gerando provas falsas de vacinação”, sublinhou o Procurador-Geral do caso.
Ainda de acordo com documentos do tribunal, a médica vendeu ainda medicamentos para doenças infantis que, segundo ela, iam ao encontro dos requisitos de imunização da Califórnia para as escolas. Além disso, vendeu ainda cartões falsos da vacinação dessas doenças aos pais das crianças, para apresentarem nas escolas.
Em abril, uma pessoa apresentou queixa ao Department of Health and Human Services Office of Inspector General, relativa ao caso de um membro da sua família que tinha comprado estes comprimidos a Mazi. A médica enfrenta também acusações de fraude bancária e falsificação de declarações relacionadas com casos de saúde. O Departamento de Justiça da Califórnia sublinha que a arguida pode enfrentar até 25 anos de prisão pelas acusações.