O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 3% no último trimestre do ano passado, verificando-se um declínio durante todo o ano, disse hoje o governo local.
A despesa do consumo privado caiu 10,2% face a 2019 e a taxa de desemprego é de 6,6%, o valor mais elevado dos últimos 16 anos.
“Embora a estabilidade social em Hong Kong tenha sido restaurada, a grave contração económica no ano passado deve-se, principalmente, às consequências da pandemia de covid-19”, disse hoje o porta-voz do Executivo em comunicado.
A Região Administrativa Especial de Hong Kong, em 2020, fica marcada pela recessão pelo segundo ano consecutivo.
Em 2019, a economia da ex-colónia britânica registou a primeira contração (-1,2%) em dez anos, devido à crise comercial entre Washington e Pequim e de vários meses de manifestações de protesto.
Por outro lado, no ano passado, Hong Kong esteve na primeira linha da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, doença detetada no centro da República Popular da China em 2019.
Em Hong Kong, os 7,5 milhões de habitantes vivem ao ritmo de medidas restritivas contra a pandemia cada vez mais fortes, que afetam consideravelmente a economia local.
Desde o início da crise sanitária morreram 180 pessoas vítimas de covid-19 em Hong Kong e foram registados mais de dez mil contágios.
A quarta vaga de covid-19 atinge o território nos meses de inverno e obriga ao encerramento de empresas, bares, clubes desportivos, enquanto os restaurantes só podem vender refeições para vender para fora.
“A economia de Hong Kong deve conhecer um crescimento positivo no conjunto do ano de 2021, mas a situação no primeiro semestre vai continuar difícil (…) por causa da pandemia”, diz ainda o porta-voz governamental.
PSP // FPA
