A China, o país de onde surgiu o primeiro surto de Covid-19, volta a registar novos casos de infeção depois de ter estado quase 50 dias sem novos diagnósticos.
No domingo dia 14, o país registou 49 novos casos de coronavírus, 36 dos quais na cidade de Pequim. Segundo as informações do site oficial da Comissão Nacional de Saúde da China, 31 províncias (regiões e municípios autónomos) diagnosticaram 49 casos: 10 casos importados (quatro em Sichuan, dois em Chongqing, dois em Shaanxi, um em Xangai e um caso em Fujian) e 39 casos locais (36 casos em Pequim e três casos em Hebei).
Esta segunda-feira os números voltaram a subir: foram confirmados 177 casos, incluindo 2 casos em estado grave mas nenhum morto. “Mais de 100 casos foram confirmados. A origem e dimensão do surto estão a ser investigados”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, numa conferência de imprensa na sede da organização, em Genebra.
O novo surto parece ter começado no mercado de Xinfadi, o maior fornecedor de carne e legumes em Pequim, obrigando as autoridades de saúde chinesas a fecharem o local e a ordenarem que sejam realizados testes a todos os trabalhadores e o auto-isolamento de duas semanas a quem esteve no mercado nos últimos dias. Pequim voltou hoje a repor medidas de prevenção para que o surto não alastre.
O diretor do programa de emergências sanitárias da OMS, Michael Ryan, afirmou que as Nações Unidas têm estado em “contacto próximo” com a China e espera que o país partilhe publicamente a sequência genética do vírus detetado no surto.
Até agora foram contabilizados 83 181 casos de infeção, 4 634 mortes e 78 370 recuperados em toda a China, segundo o site World Ometers.