Imagens transmitidas por estações televisivas locais e estrangeiras mostraram um veículo blindado a avançar sobre um grupo de pessoas que se manifestava em apoio aos militares sublevados contra Maduro na capital, em frente a La Carlota, a base aérea perto da qual Guaidó anunciou de manhã a adesão de militares à sua causa.
Naquele que já é considerado o maior desafio ao poder de Maduro desde que Juan Guaidó, presidente do parlamento venezuelano, se autoproclamou Presidente interino da Venezuela, em janeiro deste ano, o líder da oposição saiu hoje de manhã à rua com o recém-libertado ativista Leopoldo López, acompanhado por um pequeno contingente de soldados fortemente armados.
Apesar de o autoproclamado Presidente interino da Venezuela ter afirmado ao longo do dia que tinha os militares do seu lado, as agências noticiosas presentes em Caracas não detetaram qualquer tomada de base militar pelos opositores ao regime de Nicolas Maduro.
No início da manhã de hoje, Juan Guaidó, fez uma transmissão vídeo para o país, anunciado que tinha os militares ao seu lado e que se encontrava na base militar La Carlota, nos arredores de Caracas.
Na verdade, o vídeo foi gravado num dos acessos à base militar, que continuava dominada por soldados fiéis a Nicolas Maduro, com os militares pró-Guaidó a serem impedidos de se aproximar da base militar.
O número de soldados que ao longo do dia acompanhou os líderes da oposição, Juan Guaidó e Leopoldo López, em Caracas, não terá excedido 40, embora não seja possível comprovar se noutras regiões do país haverá mais soldados contra o regime de Nicolas Maduro.
Não há notícia de qualquer deserção de altas patentes militares fiéis ao Presidente eleito.
Os militares que surgem ao lado de Guaidó estiveram sempre fortemente armados e identificados por fitas azuis para se protegerem de ataques de gás lacrimogéneo.
As agências noticiosas confirmaram disparos para o ar, do lado de soldados pró-Maduro e do lado de soldados pró-Guaidó, não sendo certo se chegou a haver tiros disparados diretamente para o lado inimigo.
Contudo, na sua conta da rede social Twitter, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, disse ter havido um coronel leal a Maduro que teria sido atingido por uma bala vinda dos soldados pró-Guaidó.
As agências noticiosas confirmaram ainda vários feridos, entre as pessoas que se manifestaram nas ruas, mas não confirmou a existência de qualquer morte.
Alguns utilizadores indicaram, ao longo do dia, que perderam o acesso a redes sociais (como o Twitter, o YouTube ou o Facebook), enquanto as comunicações telefónicas estiveram muitas vezes interrompidas.
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