A canábis estava guardada no subsolo da esquadra, numa sala com três saídas, todas elas com passagem por outros departamentos da polícia, segundo a plataforma informativa G1.
A esquadra em causa não tem cofre e fecha durante noite e nos fins de semana, com apenas dois polícias de guarda.
Foi a escrivã chefe da própria esquadra, Ivanete Franca de Souza, quem se apercebeu do desaparecimento da droga e comunicou a situação
“Ela comunicou à autoridade policial que assumiu a delegacia e registou a ocorrência. Estamos a aguardar o apuramento” da situação, disse João Vítor Abreu, advogado da escrivã.
No relatório da apreensão da canábis, que foi enviado à justiça, a autoridade local solicitou uma autorização para a incineração da droga. O pedido foi feito pelo delegado adjunto há quase um ano.
O Tribunal de Justiça afirmou que a droga, apreendida em outubro de 2017, não foi incinerada porque tal só poderia ser feito depois do encerramento do processo, o que ainda não aconteceu.
Segundo a plataforma G1, especialistas defenderam que a droga não deveria ter ficado na esquadra desde a sua apreensão.
“A droga deve ficar armazenada nestes estabelecimentos somente durante o período necessário para se fazer a perícia daquela droga, comprovar que realmente é uma droga”, afirmou o coordenador de Projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques.
Há 19 anos, 340 quilogramas de cocaína desapareceram do Instituto Médico Legal de Campinas, no interior do estado de São Paulo. Seis polícias foram responsabilizados, mas a droga não foi recuperada e nunca se descobriu como foi transportada.
com Lusa