Na segunda-feira, a Fox News avançou que os satélites norte-americanos tinham detetado que a Coreia do Norte movia dois mísseis de cruzeiro anti-navio para um barco patrulheiro. Informação que, revelou depois Nikki Haley, embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, era confidencial. “Eu não posso falar sobre nada que seja confidencial e se isso está no jornal, é uma vergonha. Direi que é incrivelmente perigoso quando as coisas chegam à imprensa assim”, afirmou, no programa “Fox and Friends”.
Mas entretanto, já o Presidente partilhara a história no Twitter…
O episódio ocorre quatro dias após Donald Trump ter elogiado o plano de Jeff Sessions, procurador geral, no combate às fugas de informação.
“É alarmante a casualidade com o que o Presidente Trump partilha informações confidenciais”, lamentou o representante democrata da Califórnia à CNN, na terça-feira. “Só porque algo que está na imprensa não permite que essa informação volte a ser confidencial, o Presidente não deveria partilhar informações classificadas só porque é o Presidente” acrescentou.
Will Fischer, veterano de guerra do Iraque e diretor das relações governamentais do Vote Vets (uma organização política dedicada a garantir que os veteranos têm os recursos necessários para completar as suas missões), juntou-se às críticas, apontando também o papel no episódio do chefe de gabinete John Kelly.: “É absolutamente terrível ver que a informação que o embaixador Haley disse ser ‘perigosa’ ser partilhada por Donald Trump. A pergunta que todos devem perguntar é: o que é que o general Kelly disse? Se ele disse a Donald Trump para partilhar a informação, há um problema real. Se ele disse a Donald Trump para não o fazer e Trump ignorou, isso é um grande problema. Se Donald Trump se recusou a consultar o chefe de gabinete isso é um enorme problema, especialmente tendo em conta a experiência militar do General” afirmou.