Os números são da principal associação farmacêutica na Venezuela: em cada 100 medicamentos, já não é possível encontrar 85 no país. Os medicamentos para evitar as convulsões nos epilépticos estão entre os mais raros e os efeitos são devastadores: pacientes que poderiam ter, neste momento, uma vida perfeitamente normal, ficaram com sequelas graves que lhes afetam a mobilidade ou mesmo a fala.
Este ensaio fotográfico da agência Reuters faz uma viagem a esse mundo duro de quem vive com epilepsia na Venezuela. Como o caso do canalizador Marcos Heredia que correu 20 farmácias num só dia mas não pode voltar a casa com os medicamentos necessários para travar as convulsões do seu filho de oito anos, que, no ano passado, ficou com danos cerebrais irreversíveis. O outrora brincalhão e alerta Marcos, como o pai, já não se senta sozinho e “desligou” do mundo cá fora.
Mas há mais doentes a precisar de anticonvulsionantes e a viver um pesadelo no país.