– Omar Mir Seddique Mateen era um cidadão norte-americano, nascido em Nova Iorque há 29 anos, filho de imigrantes do Afeganistão.
– Antes de abrir fogo sobre as mais de 300 pessoas que, na madrugada deste domingo, se encontravam na discoteca Pulse, frequentada pela comunidade gay da cidade de Orlando, na Florida, foi visto por uma testemunha a beber um copo lá dentro.
– Pouco depois, pelas duas da manhã (hora local), matou a tiro 49 pessoas e feriu outras 53, no tiroteio com mais vítimas mortais na história do Estados Unidos. Por volta das 2h30, ligou três vezes para o número de emergência nacional (911) e reclamou o seu apoio ao Estado Islâmico, que já veio reclamar o atentado. Mas as autoridades norte-americanas ainda não estabeleceram qualquer ligação do homem ao Daesh e a hipótese mais provável, segundo o diretor do FBI, é que ele tenha agido por conta própria.
– Funcionário de uma empresa de segurança desde 2007, tinha licença de porte de arma. Levou uma espingarda e pistola, compradas nos dias anteriores ao massacre. Podia adquirir as que quisesse, de acordo com a lei do estado da Florida, uma vez que não tinha cadastro.
– Foi abatido por uma equipa de intervenção rápida, cerca das cinco da manhã. Tinha feito mais de 30 reféns após a polícia ter chegado ao local.
– O FBI investigou-o em duas ocasiões por supostas ligações a terroristas, mas de momento não estava no radar da polícia.
– O pai do atirador garante que o filho não tinha motivações religiosas e que, meses antes, o tinha visto muito irritado quando se deparou com dois homens a beijarem-se em Miami. Mas vários relatos de conhecidos e ex-colegas de escola indicam que Omar Mateen era cliente da discoteca Pulse há anos e sugerem que era homossexual. Um deles adianta que ele o convidou para sair e outro diz que comunicavam através de uma aplicação no telemóvel utilizada por gays.
– A ex-mulher contou ao Washington Post que ele queria ser polícia e que concorreu para a academia. Casaram em 2009 e separaram-se quatro meses depois. “Era mentalmente instável”, afirmou Sitora Yusufiy, acusando-o de lhe bater por trivialidades como “não ter a roupa lavada”. Mas diz também não ter notado qualquer radicalização que a pudesse fazer pensar numa ação deste género.