Pelo menos 717 pessoas morreram e mais de 800 ficaram feridas num esmagamento perto de Meca, na Arábia Saudita, segundo o último balanço das autoridades. As vítimas participavam numa peregrinação muçulmana que junta mais de dois milhões de pessoas.
De acordo com a Defesa Civil, estão a decorrer as operações de socorro e seis das suas equipas estão no terreno a prestar os primeiros cuidados aos feridos e a direcionar o fluxo de peregrinos para “rotas alternativas”.
Até ao momento, não foram adiantadas razões para a debandada em Mina, onde foram realizadas obras nos últimos anos para facilitar o movimento dos peregrinos.
Em janeiro de 2006, 364 peregrinos morreram numa debandada na mesma zona.
Antes do início da peregrinação, há 10 dias, uma grua caiu no interior da grande mesquita de Meca, provocando a morte de 109 pessoas e ferindo mais de 400.
o primeiro dia da festa de Adha, perto de dois milhões de peregrinos, segundo estatísticas divulgadas na quarta-feira, começaram hoje o ritual de apedrejamento de Santanás, no vale de Mina, no oeste da Arábia Saudita.
O ritual consiste em atirar sete pedras no primeiro dia do Eid al-Adha contra uma grande coluna que representa o Diabo e outras 21 no dia seguinte ou nos dois dias seguintes contra as três colunas (grande, média e pequena).
A peregrinação está entre os cinco pilares do islamismo e todos os muçulmanos deverão ser capazes de a realizar pelo menos uma vez na vida.
As autoridades sauditas mobilizaram 100 mil polícias e subiram o nível de alerta em toda a província de Meca, enquanto ainda decorre a guerra da Arábia Saudita no Iémen e a violência jihadista aumenta em alguns países muçulmanos.