A primeira audiência de Balsas teve lugar na passada sexta-feira, onde foi acusado de fazer ameaças terroristas, resistência à autoridade, possuir objectos criminosos e dar falso alarme.
Edwin Haury, segurança no Sino da Liberdade, afirmou na audiência que Carlos Balsas disse a outro segurança que tinha explosivos na mochila e fugiu. Layla Schade, segurança do parque adjacente ao monumento, disse no seu depoimento que seis seguranças do mesmo parque viram Balsas a fugir e conseguiram prendê-lo, após alguma resistência. Apesar de a mochila, afinal, não conter explosivos, Carlos Balsas foi preso, e ainda está detido por não conseguir pagar uma fiança no valor de 250 mil dólares (191 mil euros).
“Depois do 11 de setembro, entrar num monumento nacional e afirmar que tem em sua posse algum objecto explosivo e esperar que as autoridades não tomem medidas imediatas é absurdo”, explicou o magistrado do Ministério Público norte-americano, W. Robert Frantz Jr. “Se foi uma brincadeira, foi a pior brincadeira, porque não fez ninguém rir”, acrescentou.
A notícia avançada pelo Diário de Notícias referia que os vizinhos de Carlos Balsas, em Tempe, se queixavam do comportamento violento, tendo envolvido a polícia. Balsa leccionou a cadeira de Planeamento Urbano durante sete anos, na Universidade do Arizona, mas a instituição de ensino superior rejeitou a integração de Carlos Balsas nos quadros três vezes. A última vez aconteceu em 14 de janeiro deste ano, quando um tribunal deu razão à Universidade do Arizona por não agregar Carlos Balsas.
Durante a primeira audiência do português, as testemunhas enfatizaram o comportamento “estranho” de Balsas aquando da detenção, tendo o antigo professor universitário parecido alheado da realidade. Mythri Jayaraman é o advogado de defesa de Carlos
Balsas, mas até ao momento não fez comentários em relação ao caso.