Cerca de 700 crianças encontravam-se na escola em Pétion-ville, bairro de lata nos arredores de Port-au-Prince, quando se deu a derrocada, na sexta-feira. A descoberta, este sábado de 21 corpos numa sala de aula eleva para 82 o número de mortes confirmadas, na sua maioria crianças. Esta manhã encontrámos uma turma com 21 alunos e o professor, estão todos mortos”, disse Préval, que se encontrava no local para observar as operações de salvamento. O primeiro andar da escola ruiu cerca das 10h00 (15h00 em Lisboa) de sexta-feira e “arrastou o resto do edifício quando os alunos estavam nas aulas”, testemunhou uma mulher visivelmente perturbada, que acorreu ao local para saber da sorte do filho, aluno da escola. Os corpos das primeiras vítimas foram colocados num edifício intacto perto da escola e cobertos com lençóis. Alguns deles tinham as pernas partidas, testemunharam jornalistas. No local, ouvia-se muito choro, gritos de pessoas que permaneciam debaixo dos escombros e dos pais aflitos à espera de notícias. “Não sabemos o número de vítimas nesta altura mas pode ser muito elevado”, disse Alex Claudon, da Cruz Vermelha Internacional à cadeia de televisão norte-americana CNN A escola “La Promesse”, dirigido por um pastor, recebe alunos dos 3 aos 20 anos, na grande maioria oriundos do bairro de lata. Entalada entre as casas do bairro, a construção em cimento tinha dois andares mas um terceiro estava em construção. “Esta construção não respondia às normas. Vamos pedir ao Ministério da Educação para inspeccionar todas as escolas construídas nestas condições”, indicou o senador Yvon Bissereth, responsável da Comissão de Educação que se deslocou ao local Além da escola, pelo menos cinco casas situadas nas proximidades ruíram total ou parcialmente, desconhecendo-se, por ora, os motivos. Algumas horas depois do acidente, dezenas de crianças, gravemente feridas, tinham sido transportadas de ambulância para os hospitais e centros de saúde mais próximos. Munidos de pás, os socorristas da Cruz Vermelha, da missão da ONU, dos Médicos Sem Fronteiras e da polícia haitiana, assim como guardas franceses, punham mãos à obra para tentar retirar os sobreviventes dos escombros. O ministro haitiano da Saúde assim como a presidente da Câmara de Pétion-ville, Lydie Parent, deslocaram-se ao local.
Derrocada mata dezenas de crianças
Pelo menos 82 pessoas, a maioria crianças, morreram na sequência do desmoronamento da escola que ruiu na sexta-feira no Haiti. Há ainda 107 feridos a registar
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