“Vão ser três projetos para hibridizar, com recurso eólico, estão todos relativamente perto de centrais eólicas que já temos, portanto, daí também o facto de termos tido aqui competitividade acrescida, por isso é que nós nos candidatámos aqueles lotes em particular”, explicou o CEO da Finerge, à margem da “Grande Conferência Negócios Sustentabilidade 20 – 30”, onde participou num debate com o CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, e o da Saint Gobain, José Martos.
A Finerge, produtora de energia renovável, venceu três lotes no leilão do solar flutuante, que correspondem às albufeiras de Paradela (13 megawatts — MW), Salamonde (8 MW) e Vilar-Tabuaço (17 MW).
Num comunicado enviado na terça-feira, um dia depois da realização do leilão, a empresa precisou ainda que o lote do Tabuaço foi o mais disputado, com 24 rondas, e o último a ficar concluído.
O responsável da empresa adiantou hoje à Lusa que os projetos estarão prontos para entrar em funcionamento assim que cada lote tenha ligação à rede elétrica.
“Estaremos prontos, temos tempo agora para preparar tudo e estaremos prontos para começar a injetar assim que tenhamos o ponto de injeção aberto”, referiu o CEO da Finerge, sem adiantar os valores de investimento.
O Governo leiloou a exploração de 263 megawatts (MW) de energia solar em sete barragens do país, tendo adjudicado um total de 183 MW, segundo avançou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática.
Além da Finerge, a EDP, através da subsidiária EDP Renováveis, obteve o direito de ligação à rede de eletricidade para uma capacidade de 70 MW em Alqueva (dos 100 que estavam a concurso).
Já a Endesa ganhou o direito de ligação dos 42 MW leiloados na barragem do Alto Rabagão, Montalegre, para a instalação de um projeto de energia solar fotovoltaica flutuante com investimento de 115 milhões de euros.
A Voltalia ficou com o lote do Cabril (33 MW), perfazendo assim os 183 MW atribuídos no leilão.
Por adjudicar ficou o lote em Castelo de Bode, que tem uma capacidade de receção de 50 MW.
MPE (JNM/PE) // JNM