O valor que o Estado poderá encaixar com a venda de ações em bolsa dos CTT é de 497,3 milhões de euros, de acordo com o prospeto de oferta pública de venda da empresa, divulgado na CMVM.
No documento divulgado esta terça-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, lê-se que “o preço de venda das ações apenas será definido após o final da oferta, adiantando que isso acontecerá a 3 de dezembro próximo. Por isso, “não é possível indicar a receita líquida total”.
Ainda assim, no prospeto são feitas as contas “considerando o ponto médio do intervalo de preços da oferta definido, o desconto de 5% para as ações compreendidas na oferta reservada a trabalhadores” e estima que, se vender 70% das ações, “o montante líquido máximo da receita da Oferta estimada corresponde a € 497,3 milhões”.
As ações deverão começar a ser negociadas em bolsa a 5 de dezembro. Ainda segundo o documento enviado à CMVM, a OPV decorre entre as 08h30 de hoje e as 15h00 de 2 de dezembro, e a dia 4 do próximo mês será realizada uma sessão especial de mercado para apuramento dos resultados.
Os CTT formalizaram, no passado dia 4, a intenção da Parpública avançar com a oferta pública inicial (IPO) em bolsa da empresa, no âmbito do processo de privatização.
A Parpública irá vender “até 105 milhões de ações, representativas de 70% do capital social dos CTT”, sendo 21 milhões através de OPV e o restante através de venda direta institucional (84 milhões de ações).
Do total reservado à OPV, um lote de 5,25 milhões de ações será para os trabalhadores dos Correios e 15,75 milhões de ações para o público em geral.
Numa primeira fase, o Estado, através da Parpública, deverá ficar com 30% dos CTT após a IPO. A médio prazo, o Estado deverá sair da empresa.