No segundo trimestre de 2013, a economia portuguesa cresceu 1,1% face ao trimestre anterior e contraiu 2,1% em termos homólogos.
As previsões relativas ao PIB no terceiro trimestre deste ano apontam para um crescimento em cadeia entre os 0,2% e os 0,5%, mas para uma contração homóloga que oscila entre os 0,8% e os 1,1%.
O BBVA Research apresenta a previsão mais pessimista, esperando que a economia tenha crescido 0,2% face ao trimestre anterior e que tenha caído 1,1% em termos homólogos.
O banco espanhol alerta, no entanto, que esta previsão do PIB “poderá ser ligeiramente inferior se alguns dos dados quantitativos utilizados para a estimativa forem revistos”, uma vez que “se é certo que os dados de confiança relativos à indústria tiveram um bom comportamento no terceiro trimestre de 2013, o dado real da produção industrial poderá ser menos positivo em setembro, após a forte recuperação observada em agosto”.
Já o BPI antecipa que a economia portuguesa deverá registar entre julho e setembro o segundo trimestre consecutivo de crescimento (0,3%), mas que a evolução homóloga do PIB vai continuar negativa, em torno de -1%.
Segundo a economista do BPI Paula Carvalho, mais importante do que o valor em cadeia, que é muito influenciado pela sazonalidade, é “o desagravamento da queda homóloga” da economia, que se deve sobretudo às exportações, “o principal motor de crescimento da economia”.
As estimativas mais otimistas são as do Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica e do Montepio: as duas instituições apontam para um crescimento em cadeia de 0,5% e para uma contração homóloga de 0,8%.
O NECEP refere que, “na ausência da necessidade de medidas orçamentais adicionais, a economia portuguesa poderia já estar numa fase de crescimento muito ligeiro”, mas alerta que, “com o esforço de consolidação orçamental previsto para 2014, mesmo que não seja implementado na sua plenitude, o cenário central é a ausência de crescimento no próximo ano”.
Já o Montepio alerta que o desempenho da economia portuguesa no último trimestre do ano poderá ser afetado pelo anúncio de um “incremento na austeridade no âmbito da proposta do Orçamento do Estado para 2014”.