Segundo a edição desta terça-feira do Jornal de Negócios, os bancos estão a lançar créditos para fazer face às despesas iniciais dos contratos de arrendamento (como o pagamento da caução, que corresponde a, pelo menos, um mês de renda) e mesmo ao pagamento das rendas mensais e mobiliário ou eletrodomésticos. Os juros, esses, chegam a ultrapassar os 14%, ou seja, são muito superiores aos praticamentos nos créditos à habitação.
O Activo Bank foi o primeiro a lançar uma oferta deste género, há cinco meses, mas o Banco Popular tem também um plano semelhante. O Jornal de Negócios pediu uma simulação ao Activo Bank para um crédito de 2.500 euros. Ao fim de três anos, prazo do empréstimo, o custo total passava os 3.145 euros.
A DECO alerta que estes produtos são um incentivo ao endividamento, lembrando que se as pessoas “não têm capacidade para fazer face ao pagamento de rendas, como terão depois capacidade para pagar o valor da renda e ainda o empréstimo?”