Os especialistas consideram que estes movimentos de subida nas mercadorias são o reflexo combinado das medidas extraordinariamente expansionistas dos bancos centrais mundiais, numa tentativa de estimular as economias e paralelamente a força das economias emergentes como a Índia, China, Indonésia e Brasil. Estas economias apresentam taxas de crescimento que oscilam entre os 5 e os 10% anuais, provocando uma forte pressão nos preços das mercadorias industriais e alimentares.
O economista americano, Scott Granis escreveu na sua coluna diária que este novo recorde no preço do índice das mercadorias cotadas não são de forma nenhuma reflexo de deflação (queda generalizada dos preços) que alguns economistas previam para os Estados Unidos, nem tão pouco de um abrandamento súbito da economia num futuro próximo. Granis lê nestes números sinais iniciais de inflação e uma robustez do crescimento económico mundial.
“The CRB Spot Commodities Index today reached a new all-time high (485), eclipsing the previous high (481) set in July 2008. This can be interpreted in many ways, of course, but let me state the obvious: this is not a symptom of deflation, and this is not a precursor of a double-dip recession. This is unambiguously symptomatic of growth and accommodative monetary policy.” Scott Granis
Gráfico das principais mercadorias cotadas em bolsa:
http://aeiou.visao.pt/users/187/18731/mercadorias-grafico-62ce.jpg
Como podemos ver no gráfico acima, o milho (corn), o trigo (wheat) e os metais preciosos (gold e silver) apresentaram subidas extraordinárias nos últimos 3 meses. Para já, os preços do petróleo têm-se mantido estáveis, transaccionando numa banda de preços entre os 70 e os 75 dólares por barril. Mas se os preços do petróleo também começarem a subir da mesma forma, poderemos ter um surto de inflação muito mais cedo no ciclo económico do que aquilo que os economistas antecipavam.