A Troika tinha acabado de chegar a Portugal, a Primavera Árabe explodia, Barack Obama ainda estava no seu primeiro mandato, Paulo Bento era o selecionador português. Parece que foi já noutra vida que estreou a primeira temporada de A Guerra dos Tronos, em 2011. Mais importante ainda para aquele que viria a ser o maior êxito da HBO, nessa altura era mais fácil capturar a atenção do público: o streaming ainda parecia uma coisa meio futurista, a Netflix tinha dez vezes menos clientes e só chegaria a Portugal quatro anos mais tarde. Hoje, vivemos com uma televisão revolucionada, que tem várias plataformas e mais séries e filmes do que temos tempo para ver. É nesse ambiente exigente que nasce House of the Dragon, com muitos mais adversários para derrotar antes de se sentar no trono de ferro da televisão.
Os sinais iniciais até são bastante positivos. O primeiro episódio da série, transmitido a 21 de agosto, deu à HBO a sua melhor estreia de sempre, com cerca de dez milhões de espectadores nos Estados Unidos da América. Na Europa, a HBO diz que também bateu todos os recordes. A procura foi tão grande que a plataforma HBO Max “crashou” para milhares de pessoas.