Imagine uma sede tão grande que cabe lá não só espaço de trabalho para 500 colaboradores mas um auditório, um restaurante para 200 pessoas, um ginásio e sala de ioga, campo de padel e algo tão inesperado como cinco mini-apartamentos totalmente equipados para receber os clientes nacionais e estrangeiros que se deslocam à capital portuguesa para cruzar projetos com esta empresa tecnológica.
Falamos da BI4ALL, empresa nacional especializada em Inteligência Artificial e Data Analytics e uma das tecnológicas mais premiadas do país – com mais de 25 prémios internacionais e nacionais e considerada uma das Top 10 Big Data Analytics Consulting Service Companies in Europe.
José Oliveira, CEO da empresa, sonhou, batalhou e concretizou o projeto que batizou de Cidade BI4ALL, dada a escala e multiplicidade de espaços e até funcionalidades que o edifício acolhe.
Com mais de 7.000 m2, o antigo edifício situado na Avenida Marechal Gomes da Costa e onde funcionou durante mais de duas décadas a distribuidora DHL, foi totalmente reconvertido num espaço que se quis disruptivo, uma espécie de escritório da Google, feito à medida dos estímulos que a nova geração de profissionais tecnológicos espera ter. Mas não só. Indo ao encontro de uma das paixões do CEO da empresa, a nova sede também será palco de exposições e iniciativas culturais à semelhança, aliás, do que já acontece no seu hotel situado no Bairro Alto, o Raw Culture, que além do uso turístico também é cenário habitual para obras de arte contemporânea e urbana.
“O espaço é enorme, são quase 8000 metros quadrados na sua totalidade, com um potencial tão grande que percebi que não só podia meter aqui a empresa toda como fazer algo que seria impensável num espaço convencional de escritórios em Lisboa”, conta à Visão José Oliveira, que contou com uma equipa de mais de 10 arquitetos do ateliê Pedra Líquida para materializar o projeto que tinha em mente e que foi beber inspiração a ambientes de trabalho em Berlim e Los Angeles.
Repartida em dois edifícios, a sede acolhe salas de trabalho em open spaces, espaços multifuncionais, um auditório com capacidade para 200 pessoas e salas de reunião pouco convencionais, estruturadas em boxes amovíveis que permitem reconfigurar em minutos a dinâmica espacial. Seguindo a lógica de “mente sã, em corpo são”, fundamental a uma maior produtividade criativa, a Cidade BI4AL tem um campo de paddel, ginásio completamente equipado, salas para aulas de cycle e yoga, restaurante com comida saudável, terraço e várias zonas de lazer e bem-estar. Ainda não foi mas vai ser instalada uma pista para a prática de diferentes modalidades no exterior. Também a pensar na questão da mobilidade, existem seis motas elétricas ao dispor dos colaboradores que necessitem deslocar-se para reuniões com clientes.
Neste investimento global de oito milhões de euros, criou-se ainda uma praça principal, com luz natural onde se tirou partido do imponente pé-direito com mais de 12 metros e plantaram-se palmeiras.
“Quanto mais confortável, disruptivo e criativo for o espaço, mais os nossos colaboradores se sentem em casa e farão melhor o seu trabalho e isso é fundamental para nós”, sublinha José Oliveira, realçando que 80% dos colaboradores situam-se na faixa etária dos 25 aos 40 anos.
O CEO da BI4All, que já foi distinguido há três anos como um dos Best CEOs do setor tecnológico pela Industry ERA Magazine, quer abrir em breve a Cidade BI4ll à comunidade artística e à cidade.
“Queremos fazer exposições tal como já fazemos no hotel e ciclos de conferências. A primeira será já em novembro, a conferência Tomorrow que já foi realizada em diferentes sítios e que este ano será feita aqui. Nesta conferência haverá a possibilidade dos convidados interagirem com empresas nossas parceiras mas também de apreciar, em paralelo um projeto muito interessante do Dr Paulo Teixeira Pinto – o Museu zero, de arte digital”, anuncia ainda o responsável, salientando o seu interesse em “apostar em projetos que transmitam emoções”.
Com 270 colaboradores e com previsões para crescer a curto prazo até aos 500, a empresa desenvolve soluções de Business Inteligence para clientes nacionais e estrangeiros (que representam 55% da faturação da empresa). Recorde-se que, no último ano, a tecnológica registou um volume de negócios de 17,7 milhões de euros, consolidando a sua operação a nível nacional e internacional.
