São 300 gramas de condrito carbonáceo, um dos materiais mais primitivos do sistema solar, com amioácidos e matéria orgânica.
Segundo o Museu de História Natural de Londres, os fragmentos, recolhidos por cientistas numa estrada da área de Costwolds, no Sudoeste de Inglaterra, foram recuperados em tão boas condições e tão rapidamente após a queda que chegam a ser comparáveis, em termos de qualidade, às amostras rochosas recolhidas nas missões espaciais.
“Fiquei chocado quando o vi e percebi imediatamente que era um meteorito raro e um acontecimento absolutamente único. É emocionante ser o primeiro a confirmar às pessoas à minha frente que o ‘baque’ que ouviram na sua rua durante a noite é, realmente, uma coisa séria”, afirmou, em comunicado em nome do museu, o investigador Richard Greenwood, o primeiro cientista a identificar o meteorito que iluminou o céu, como uma “bola de fogo”, no passado dia 28.
O meteorito foi avistado por milhares de testemunhas no Reino Unido e norte da Europa e captado por várias câmaras de videovigilância. Antes de entrar na atmosfera e se incendiar, o objeto viajava a 14 quilómetros por segundo.
Ainda de acordo com o mesmo museu, as gravações ajudaram a localizar o meteorito e a a perceber a sua origem.
“A oportunidade de ser uma das primeiras pessoas a ver e estudar um meteorito que foi recuperado quase imediatamente depois de cair é um sonho tornado realidade”, congratula-se Ashley King, do departamento de ciências da Terra da instituição.
O meteorito é semelhante a uma amostra que foi trazida pela missão espacial japonesa Hayabusa2 mission – 5.4 gramas de fragmentos do asteroide Ryugu.