Mais de trinta anos depois do acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, uma equipa de reportagem da VISÃO procurou avaliar o impacto da radioatividade, que persiste ainda hoje, na saúde dos habitantes da região afetada.
Este trabalho foi agora galardoado com o Prémio de Jornalismo da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), na categoria de Imprensa.
O artigo, da autoria de Vânia Maia e Luís Barra, também contribuiu para a discussão em torno do prolongamento da vida da central nuclear mais próxima de Portugal, a de Almaraz, em Espanha, a 100 quilómetros em linha reta da fronteira.
Na categoria Audiovisual, foi premiada a reportagem da SIC “O mal-entendido: as doenças a que chamamos cancro”, dos jornalistas Miriam Alves, Rogério Esteves e Rui Berton.
Foram ainda atribuídas Menções Honrosas em ambas as categorias. Na Imprensa, as distinções foram entregues às reportagens do Especial Dia do Cancro da revista Notícias Magazine, da autoria de Catarina Fernandes Martins e Cláudia Pinto. O trabalho “Problemas cardíacos, infertilidade ou outro cancro. Como a ciência contorna os riscos dos tratamentos oncológicos”, da jornalista Vera Novais, do Observador, recebeu também uma Menção Honrosa.
Já na categoria Audiovisual as Menções Honrosas foram atribuídas às reportagens “Renascidos do cancro”, de Cristina Lai Men e Luís Borges, da TSF e “Na soma dos dias”, de André Sá Rodrigues, da Rádio Renascença.
A entrega dos prémios realizou-se no ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa, e foi antecedida do debate Os constrangimentos do jornalismo em saúde, que contou com a participação do ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes, da vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas Isabel Nery, do presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia Paulo Cortes e da jornalista da RTP Paula Rebelo.
O Prémio de Jornalismo da Liga Portuguesa Contra o Cancro contou com o apoio financeiro da farmacêutica AstraZeneca e com o apoio institucional do Sindicato dos Jornalistas e do ISCSP.
O galardão reconhece “a importância dos meios de comunicação social no esclarecimento, divulgação e sensibilização da comunidade para as questões relacionadas com a doença oncológica”.
Desde 2001, foram distinguidos 24 trabalhos pela LPCC.