Enquanto público, atores e produtores aguardam ansiosamente pela revelação dos vencedores das estatuetas douradas, Rick Rosas e Brian Cullinan já conhecem o resultado. Foram os escolhidos deste ano, dentro da empresa Price Waterhouse Coopers (que há 80 anos se responabiliza pela contabilidade dos votos) e levam o seu trabalho muito a sério.
Com o fecho das votações na terça-feira, Rick e Brian deram início à contagem final dos boletins de voto no dia seguinte. Enquanto o apuramento dos votos para os Oscars é um processo contínuo que decorre durante meses, paralelamente às nomeações, a fase final dura menos de uma semana.
Para os contabilistas, a confidencialidade é um assunto sério. E a Academia não brinca em serviço no que toca a secretismo durante a contagem dos votos: Uma equipa de seis pessoas começa por dividir os boletins entre si para que ninguém conte a totalidade dos votos de uma categoria. Rick e Brian somam os valores encontrados para apurar o resultado final. Esta sexta-feira é o último dia de contagem.
Existem cerca de seis mil membros votantes na Academia e a contagem é feita manualmente. Todas as categorias são contadas várias vezes. “É tão aborrecido como parece”, conta Brian à revista Time, “temos de contar pilhas e pilhas de pequenos pedaços de papel.” Enquanto Rick já é veterano nos Oscars, esta é a sua primeira vez.
A Academia dá aos contabilistas várias cópias de cartões com o nome de todos os filmes nomeados, para todas as categorias. Depois de colocarem os vencedores nos envelopes, Rick e Brian destroem os cartões que sobram.
No domingo, cada um deles vai viajar em carros separados até à cerimónia de entrega, seguidos por seguranças, e levando uma pasta idêntica com os cartões vencedores em duplicado.
Depois de uma curta paragem para entrevistas no tapete vermelho, Rick segue para um lado do palco e Brian fica no lado oposto. À medida que os apresentadores vão entrando, um de cada lado, são eles quem faz a entrega dos envelopes vencedores.
Depois de um breve suspense, a deixa “e o vencedor é…” faz com que o conhecimento sobre os vencedores passe de duas pessoas para milhões em todo o mundo.