Dois Anos antes do 25 de Abril de 74, fui abordado por Investidores para Fazer Estatutos para uma Empresa no NORTE que cobrisse uma ároa que iria desde Coimbra atá à Fonteira com Espanha no Norte e Leste.
Essa Empresa era uma Empresa Cervejeira e de Refrigerantes – para além de outros productos – que depois de cumpridas as formalidades, iniciou a sua actividade.
Atá qui tudo se passou normalmente e as coisas corriam com um Aumento de Vedas Progressivo porque “depressa e Bem há pouco quem…”
Os nossos Escritórios eram na Rua de 5 de Outubro no Porto e situavam-se mais ou menos a meio dessa Rua onde existia um Restaurante (Patusco) que era o ponto de reunião de alguns empresários da zona os quais teciam referencias positivas ou negativas ao Regimen da Altura (Anteriormente liderado pelo Prof. Dr. Oliveira Salazar e posteriormete pelo Prof. Dr. Marcelo Caetano). Nessa altura, o nosso Grupo, falava sem cuidado porque nada diziamos sem que as nossas opiniões nâo fossem fundamentadas. Mesmo assim, o Proprietário do Restaurante (Sr. José Patusco) muitas vezes avizava-nos que estavamos a ser observados por Agentes da DGS (Ex-PIDE) o que para nós nada significava porque falavamos simplesmente de coisas verdadeiras e sem Fomento de Atitudes que pudesem causar problemas laborais ou financeiras a alguém.
A minha posição na empresa era a de Director Geral porque a Administração que se encontrava em Lisboa e era a detentora do Capital não tinha tempo para assumir a liderança da Empresa. Pelos mesmos e como pagamento dos Estatutos e de toda a Montagem da Empresa, Deram-me 10 % do Capital e o Lugal de Director Geral.
Decorrido algum tempo, a minha Secretária entrou no meu Gabnete e disse-me que dois Agentes da DGS pretendiam falar comigo.
Evidentemente que mesmo sabendo que nada de mal tinha feito mas pelo que se “dizia” à boca fechada sobre essa Instituição, fiquei um pouco apreensivo.
Disse à minha Secretária para oa mandar entrar e depois de uma conversa com eles – nada desagradável e sem a agrassividade que esperava deles, perguntaram-me ? Foi o Senhor que Fez os Estatudos da Empresa ? Respondi que sim.
– Porque esta Empresa tem um Capital de 1.500 Contos, Sendo 1.200 dos Accionistas e 300 contos para distribuir pelos Trabalhadores ?
– Fiquei um pouco atrapalhado para responder – comfesso – mas um ou dois segundos depois, levei a máo ao Bolso das Calças, onde tenho sempre dinheiro, e por acaso tirei uma nnota de 500$oo, pousando-a sobre a minha Secxretária, sem nada dizer.
– Decorreram alguns seguntos (que para mim foram séculos ) e perguntaram-me ? que significa essa atitude ?Simplesmente respondi. Espero que os quinhentos escudos se multipliquem porque somente Eu não os consigo multiplicar mas somente conseguirei com a ajuda dos nossos Colaboradores.
Claro que isto vem no seguimento de ter feito os estatutos que previam que Anualmente fossem Dadas Acções aos Trabalhadores que ao longo do Ano, mostrassem interesse e Bom Trabalho.
– Cumpirmentaram-me, foram embora, e nunca fui encomodado.
Com isto pretendo dizer que Os empresários e os trabalhadores, devem entender-se e não provocar políticas destructivas mas sim constructivas. Salvemos Portugal porque a nossa Massa Cinzenta AINDA NÃO ESTÁ ESGOTADA… estará sim para os Incompetentes ou os parasitas que ainda polulam neste nosso Cantinho.
Tenhamos o Engenho e a Arte….. E a Situação Negativa que temos será Resolvida.