Muros, fachadas de prédios, pilares de pontes. Desde que há cidades, há arte urbana. E desde que há MINI – o primeiro modelo saiu em 1959 – que a maioria dos seus habitantes sonha em ter o automóvel mais urbano, cosmopolita, irreverente e icónico de sempre. Um modelo que se mantem jovem, apesar dos mais de 60 anos, porque sempre celebrou a diversidade – de género, de idade, cultural, de identidade, de orientação sexual e de estilos de vida. Um carro que representa uma comunidade, uma cultura e uma forma de estar, e cuja imagem inconfundível atrai sempre as atenções. Um automóvel de parar o trânsito.
Sempre na vanguarda do design e da tecnologia e com dois dedos firmemente colocados no pulso do zeitgeist, a MINI decidiu transformar a experiência de conduzir o seu modelo 100% elétrico em algo ainda mais excitante. Para isso convidou quatro artistas portugueses a decorarem os tejadilhos do MINI Cooper SE, num projeto que visa contribuir para a melhoria da vida nas cidades através da arte. Ana Humana, André da Loba, Fidel Évora e Tamara Alves responderam ao desafio da MINI, em parceria com a Underdogs (plataforma cultural sedeada em Lisboa), e partilham as suas expressões artísticas criando quatro obras únicas que vão levar a arte contemporânea e a diversidade pelas ruas das cidades.
Ao todo há 100 tejadilhos disponíveis, 25 unidades de cada artista. Podem ser comprados online, através do site. Custam 750 euros, valor que inclui uma risografia igual ao tejadilho assinada pelo artista. Os lucros revertem para projetos de arte urbana em Portugal.
Finalmente, obras de arte que se podem guardar na garagem sem que isso cause… Estranheza.
ANA HUMANA
33 ANOS
@ana_humana/
Ilustradora, designer e artista visual, inspira-se no universo dos cartoons e da banda desenhada para criar ilustrações, storytelling e animação retratando situações quotidianas, com um toque de humor e ironia.
Inspirado na pintura “La Danse” de Henri Matisse, este tejadilho retrata a visão da artista sobre a aceitação e tolerância como base para uma sociedade mais livre, equilibrada e unida. Remete para uma celebração da nossa pluralidade cultural e social. O fundo verde simboliza a esperança num futuro mais tolerante e pacífico onde se reconhece que a diversidade é a verdadeira riqueza.
ANDRÉ DA LOBA
43 ANOS
@andredaloba/
Artista, animador, designer gráfico, escultor e educador. Combina no seu trabalho a ilustração, a animação e a escultura, com um toque estilizado de formas e contornos e uma abordagem minimalista. Com um percurso marcadamente internacional, tem trabalhado para diversas editoras e publicações de renome, construindo uma obra imediatamente reconhecível e estimulante.
Este tejadilho representa a diversidade da cidade por onde passa. É um reflexo vivo e colorido da vida incessante que habita as estruturas urbanas. Uma soma de todas as experiências e histórias simultaneamente distintas e únicas dos lugares e pessoas com que o carro se cruza.
FIDEL ÉVORA
37 anos
@fidelevora/
Despertou para o mundo da arte através do graffiti e estudou design gráfico, mas dedicou-se à pintura. O seu trabalho cria diálogos inspirados por temas e artefactos que protagonizam a identidade coletiva contemporânea.
Este tejadilho é inspirado numa música que o artista ouviu no documentário “Mais Alma” de Catarina Alves Costa, que explora a vida e arte de Cabo Verde. A imagem revela uma sobreposição de caras de várias mulheres Crioulas, com as letras da música pintadas por cima. O conceito recai sobre a diversidade enquanto forma de criar igualdade de oportunidades, em especial no contexto das mulheres africanas.
TAMARA ALVES
39 anos
@tamara_aalves/
Artista visual e ilustradora fascinada com a estética das ruas e o contexto urbano. Explora a construção contemporânea do corpo humano, com especial enfoque no feminino, assim como o instinto animal que nos move.
Este tejadilho remete para a ideia de igualdade na sua dimensão mais primordial: a de uma origem universal. Com uma composição baseada numa imagem rasgada, apresenta a figura de uma mulher com vários tons de pele, num rosto que se revela camada por camada. Uma afirmação da nossa essência e evolução, em que a diversidade é a componente chave que nos enriquece.