Ao subir as escadas para a biblioteca escolar, já se ouvia o burburinho. Antes das apresentações, vivia-se algum alvoroço, mas feita a contagem para o início – 5, 4, 3, 2, 1… – os meninos do 2º e 3º anos passaram a ouvir atentamente uma breve explicação sobre a iniciativa «Miúdos a Votos: quais os livros mais fixes?».
A explicação foi dada por alguns alunos do 4ºA, B e C, que depois, à vez, apresentaram as suas dramatizações das histórias de «O Segredo do Rio», «Porque é que os Animais não Conduzem?» e o «O Principezinho».
Com o texto bem decorado e vestidos a rigor, conseguiram captar a atenção de uma sala cheia. No final de cada peça de teatro, gritaram alguns slogans de campanha. “Já descobriram o nosso segredo? Se sim, contamos com o vosso voto!”, “Porque é que os animais não conduzem? Fica na tua imaginação. Não te esqueças, vota no nosso livro!” e “O essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração. Por isso, vota no Principezinho!” são exemplos.
Diogo Mota, 9 anos, diz que «Miúdos a Votos: vota nos livros mais fixes!» o ensinou a tomar decisões. “Quando formos adultos vamos ter que tomar decisões e votar, por isso o «Miúdos a Votos» é muito útil. Passámos uns dias diferentes em que apesar dos nervos e do trabalho, aprendemos mais.”
Como ainda há dois dias de campanha pela frente, Martim Gouveia, 9 anos, Laura Andrade e Salvador Diniz, ambos com 10 anos, prometem andar pelo recreio a fazer campanha pel’«O Segredo do Rio». Já a equipa que está pelo livro «Porque é que os Animais não conduzem?” disse já ter arranjado um megafone: só faltam as pilhas, confessam.
Noutra escola de Coimbra, a Quinta das Flores, os alunos também fizeram os livros subir ao palco.