As gruas e os tapumes da construção civil voltaram a fazer parte da paisagem no centro das cidades de Lisboa e do Porto. A reabilitação urbana, um mercado avaliado em 24 mil milhões de euros, é uma das grandes impulsionadoras deste renascimento.
Mas os números não revelam tudo. A VISÃO foi para o terreno conhecer a febre pela reabilitação urbana. Há empresas sem capacidade de resposta perante as dezenas de pedidos mensais de orçamento. A mão-de-obra escasseia – estima-se que faltem 50 mil trabalhadores na construção. E os preços, já se sabe, estão em alta.
Há histórias de quem chegou a ter €100 euros de lucro no período da crise e hoje já ultrapassou €1 milhão de faturação; de quem apostou no mercado dos vistos gold; de quem não consegue respostas atempadas dos fornecedores e, até, de emigrantes que regressaram a casa e estão a aproveitar esta nova vida do mercado da construção.
Neste trabalho, da minha autoria, do Paulo C. Santos e da Cesaltina Pinto, pode, ainda, descobrir os benefícios de apostar na reabilitação urbana e quais os apoios disponíveis para avançar com um projeto de recuperação. Afinal, o futuro das cidades faz-se, em grande medida, do seu passado.
O Rio que corre na oposição
Fotografado ontem, terça-feira, pela Lucília Monteiro, enquanto arrumava papéis no seu antigo escritório, Rui Rio prepara-se para iniciar uma nova etapa no PSD. Miguel Carvalho chama-lhe Processo de Refundação em Curso e levanta as questões que pairam na cabeça dos eleitores: Irá Rui Rio virar o PSD à esquerda? Quem serão as novas figuras em ascensão no aparelho social-democrata? Haverá um regresso do partido às suas origens? Para já, é claro que Rui Rio tentará abrir brechas na “gerigonça” até às legislativas do próximo ano. Veja, também, o que (não) tem Paulo Portas a dizer sobre as eleições no PSD.
O mistério do cancro
Os habitantes da aldeia de Toutosa, no concelho de Marco de Canaveses, convivem diariamente com os dramas dos vizinhos diagnosticados com cancro. Suspeita-se da qualidade da água, já que a aldeia não tem saneamento básico ou água da rede pública. A Luísa Oliveira foi investigar se o perigo será real ou apenas uma questão de perceção.
As fúrias de Donald Trump
Um artigo da revista Time, publicado em exclusivo pela VISÃO, faz o balanço de um ano da administração Trump e revela, também, os meandros da presidência tal como são contados no polémico livro do jornalista Michael Wolff, Fogo e Fúria. Afinal, estará Ivanka Trump interessada em derrubar o pai? A obra, que Trump tentou retirar das livrarias, tornou-se um sucesso de vendas e deverá chegar a Portugal já no próximo mês.
Há limites aos direitos dos pais?
A estreia do novo programa da SIC, SuperNanny, despertou a discussão em torno dos direitos das crianças. A Sara Rodrigues contactou vários especialistas para avaliar a legitimidade de fazer um programa que explora relações difíceis entre pais e filhos menores, sob orientação de Teresa Paula Marques, que explica aos pais como devem educar as crianças.
Leia, também, a entrevista de Clara Soares sobre o tema ao presidente da comissão de ética da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Miguel Ricou.
E ainda…
De facto, há razões de sobra para ler a edição desta semana da VISÃO. Junto mais algumas. A Rosa Ruela debruçou-se sobre o confronto entre Oprah Winfrey e Catherine Deneuve, a propósito das denúncias de assédio sexual que continuam a multiplicar-se. Recorde, aqui, algumas histórias de assédio sexual reveladas à VISÃO.
A Sílvia Caneco e o J. Plácido Júnior foram descobrir se há quem queira ver a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, pelas costas.
Destaco, ainda, com indisfarçável entusiasmo, o artigo sobre o mais recente filme de Steven Spielberg, The Post. Conta a história da atribulada publicação dos Pentagon Papers, que revelaram as mentiras do envolvimento norte-americano na guerra do Vietname, em 1971. O filme chega dia 25 às salas. Veja o trailer.
Nesta edição, fique também a saber como a cozinha de autor está a dar a volta aos mal-amados restos. A Luísa Oliveira mostra os resultados nesta galeria.
Tempo de pôr mãos à obra
Na VISÃO Se7e, encontrará, como é habitual, dezenas de sugestões para os seus tempos livres, entre espetáculos, restaurantes, lojas e séries de televisão. No tema de capa desta semana, e ainda à boleia das resoluções de Ano Novo, traçamos um roteiro por 17 ateliês para aprender um ofício e, quem sabe, descobrir uma veia artística. Veja aqui, por exemplo, como a jornalista Florbela Alves descobriu uma maneira de costurar (e vestir!) a cidade do Porto.
Opiniões a ter em conta
“Resta-nos esperar (eu, pelo menos espero), ter o destino do meu poeta favorito, Quevedo, nascido no ano em que Camões morreu (1580) que termina num dos seus mais geniais sonetos, falando de si mesmo após a sua morte: Serei pó mas pó apaixonado “
António Lobo Antunes (leia mais crónicas do escritor aqui)
“Os cientistas são otimistas por natureza. Estamos habituados a resolver problemas, mas precisamos de sentir que, se formos bons, temos financiamento.”
Mónica Bettencourt-Dias, próxima diretora do Instituto Gulbenkian de Ciência
“Deixar de fora tudo o que se passa à volta das bolhas dos amigos e que o jornalismo de qualidade oferece, é estimular os guetos. E as fake news. E o pensamento único.”
Mafalda Anjos (leia mais crónicas da diretora da VISÃO aqui)
“Nada na natureza é contranatura, mas o facto de a nossa espécie ter atingido o topo da cadeia alimentar em apenas milhares de anos fez, e ainda faz, de nós, impreparados para lidar com um planeta do qual nos cremos donos e senhores.”
João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente
“Gostaria de viver numa casa inventada, sita numa rua fictícia, pagando uma renda imaginária e um IMI quimérico. É poesia e poupança, tudo ao mesmo tempo.”
Ricardo Araújo Pereira (leia mais crónicas do humorista aqui)
Encontramo-nos nas bancas e em visao.pt.
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