Lisboa, 11 out (Lusa) — Os advogados de Silva Carvalho, arguido no “caso das secretas”, consideram que a recusa do levantamento do segredo de Estado o impede de “provar a sua inocência” em julgamento, o que consideram uma clara violação dos direitos de defesa.
“Esperava o nosso cliente poder defender-se em sede própria, isto é, junto dos Tribunais, como constitucionalmente garantido ao mais confesso criminoso. Aparentemente, porque a sua defesa poderia ser incómoda, impõe-se silenciá-la, mesmo que tal possa significar deixar o caso por julgar, ou julgá-lo em clara violação dos mais elementares direitos de defesa”, escrevem os advogados Nuno Morais Sarmento e João Medeiros, em comunicado enviado à agência Lusa.
O primeiro-ministro recusou o pedido de levantamento do segredo de Estado e de dispensa do dever de sigilo, feito pelos ex-espiões e arguidos no “caso das secretas” Jorge Silva Carvalho e João Luís.