Lisboa, 28 nov (Lusa) — O primeiro-ministro português, Passos Coelho, disse hoje em entrevista ao Financial Times que, apesar das exigências pedidas aos portugueses, estes não querem uma crise política nem que falhe o programa de ajustamento negociado com a ‘troika’.
“Depois de ano e meio, os resultados em termos sociais são muito duros. Ninguém gosta de estar em recessão, mas as pessoas vêm o que está a acontecer noutros países. Não querem uma crise política e não querem que o programa [de ajustamento] falhe “, disse Passos Coelho, numa entrevista que pode ser lida hoje no sítio na Internet do Financial Times.
Para Passos Coelho, apesar dos sinais de descontentamento, isso não significa que a “sociedade perdeu a paciência com a austeridade”, escreve o Financial Times, adiantando que Passos Coelho citou mesmo uma sondagem hoje divulgada (pelo jornal i) que indica que 63,5% dos inquiridos consideram que Portugal deve cumprir o acordado com os credores internacionais.