Lisboa, 31 jan (Lusa) — O Fundo Monetário Internacional (FMI) deve insistir numa auditoria às contas públicas angolanas, para determinar o destino de milhares de milhões de dólares de receitas petrolíferas que não entraram no Tesouro, afirmam organizações não-governamentais.
O FMI recomendou na quarta-feira às autoridades angolanas que garantam uma “transferência atempada” das receitas da petrolífera estatal Sonangol para o Tesouro, sublinhando que continuam por explicar anteriores discrepâncias, mas para as ONG a instituição de Bretton Woods deve ir mais longe.
“Mesmo se o FMI acredita que o governo angolano está a fazer progressos para limpar as suas finanças, precisa de insistir numa auditoria independente aos gastos descontrolados da Sonangol, de milhares de milhões de dólares, à margem do Orçamento”, disse à Lusa Lisa Misol, da Human Rights Watch.