Nairobi, 14 ago (Lusa) — A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou hoje a sua retirada da Somália devido aos ataques que os seus funcionários estão a sofrer naquele país.
“Durante 22 anos de história de trabalho na Somália, 16 membros da MSF foram assassinados e a organização sofreu dezenas de ataques contra os seus funcionários, ambulâncias e instalações médicas desde 1991”, afirmou o presidente da MSF, Unni Karunakara, durante uma conferência de imprensa em Nairobi.
A organização não-governamental sublinhou também, como exemplo da difícil situação vivida no país, o sequestro das cooperantes espanholas da MSF, Montserrat Serra e Blanca Thiebaut, raptadas em outubro de 2011 no Quénia, retidas na Somália e libertada em julho, depois de 21 meses de cativeiro. Dois funcionários da MSF também foram mortos em Mogadíscio em 2011.