Lisboa, 26 fev (Lusa) – Um grupo de investigadores identificou os problemas neurológicos associados à distrofia muscular miotónica que podem justificar anomalias comportamentais, um estudo que deve ser continuado para chegar a propostas de terapias, revelou hoje o cientista que liderou o trabalho.
Mário Gomes-Pereira, investigador do Inserm (instituto nacional de saúde e de investigação médica), em Paris, explicou à agência Lusa que os resultados “vêm mostrar que há, de facto, anomalias importantes moleculares no cérebro e vão guiar [os cientistas] sobre determinadas vias que parecem estar desreguladas”.
Esta doença neuromuscular hereditária é a distrofia muscular mais frequente, que passa de pai para filhos, de uma forma cada vez mais grave, e durante muito tempo foi descrita como meramente muscular. No entanto, desde há 10 ou 20 anos “temos percebido que tem uma forte componente neurológica”, apontou Mário Gomes-Pereira.