Porto, 02 set (Lusa) — O responsável pela organização de um encontro mundial sobre tratamento de agressores sexuais, que começa quarta-feira, no Porto, defendeu hoje um plano nacional de combate a este tipo de crime em vez de “medidas avulsas” sem qualquer eficácia.
Segundo Ricardo Barroso, especialista em psicologia e ciências sociais da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, com investigação desenvolvida nesta área, deveria avançar-se para “algo muito bem pensado e estruturado para que dentro de 5/6 ou dez anos possam surgir resultados visíveis sobre a redução da incidência e reincidência deste tipo de crimes”.
O processo de registo e notificação, as especificidades comportamentais de agressores sexuais adolescentes, as características de agressores sexuais ‘online’ e as novas metodologias de intervenção farmacológica e psicoterapêutica são assuntos em destaque na conferência mundial da IATSO (International Association for the Treatment of Sexual Offenders), que reunirá até sábado, na Faculdade de Psicologia e de Ciências das Educação da Universidade do Porto, cerca de 300 especialistas, 98% dos quais estrangeiros.