Lisboa, 12 nov (Lusa) – Os responsáveis do banco francês Société Générale garantiram hoje no Parlamento que eram muito simples, sem complexidade, os ‘swap’ que o Metro de Lisboa contratou e valeram-se da lei francesa para evitarem responder a algumas questões.
“O Société Générale nunca vendeu qualquer tipo de derivados financeiros que possam ser minimamente considerados como complexos. (…) Eram dois ‘swaps’ muito simples [os contratados com o Metro de Lisboa], para fazer a gestão do risco da taxa de juro, e ambos com financiamentos associados”, disse hoje Martim Vasconcelos e Sá, diretor e responsável em Portugal do braço de investimento do Société Générale, na comissão de inquérito parlamentar aos contratos ‘swap’.
Segundo os documentos enviados à comissão de inquérito, a que a Lusa teve acesso, os dois ‘swaps’ que o Société Générale tinha com o Metro de Lisboa foram fechados em março deste ano por quase 60,9 milhões euros. No despacho de Maria Luís Albuquerque, então ainda secretária de Estado do Tesouro, não consta a avaliação das perdas potenciais dessas operações.