Lisboa, 12 jul (Lusa) — O BNP Paribas considera que o arrastar da crise política das últimas semanas pode obrigar Portugal a pedir uma extensão do atual programa e mesmo mais dinheiro, e alerta que os parceiros internacionais podem estar a perder a paciência.
Numa nota enviada aos clientes assinada pelo economista português Ricardo Santos, o banco considera que o cenário mais provável resultante da crise política – provocada pela demissão de Vítor Gaspar e no dia seguinte de Paulo Portas – deve ser algum tipo de eleições antecipadas e que mesmo que o Presidente da República consiga o acordo que pretende entre PSD, CDS-PP e PS, a situação será muito volátil, já que os partidos deverão andar em modo campanha eleitoral.
O banco continua a assumir que Portugal vai precisar de um programa cautelar no final do programa, para poder ser elegível para o novo programa de compra de dívida do Banco Central Europeu, mas com esta situação, o BNP Partibas diz que Portugal arrisca-se a necessitar de mais, tal como uma extensão do atual programa ou de uma linha de crédito direta do Mecanismo Europeu de Estabilidade.