Porto, 31 out (Lusa) – O governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, defendeu hoje que o endividamento pode ser virtuoso se usado para “gerar rendimento futuro”, afirmando que o erro português foi utilizá-lo “para finalidades que não geravam riqueza adicional”.
Carlos Costa falava perante uma plateia de várias dezenas de alunos da Escola Secundária Filipa de Vilhena, no Porto, onde, para assinalar o Dia Mundial da Poupança, participou numa “aula” do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros inserida na iniciativa “Dia da Formação Financeira de 2013”, com o lema: “A formação financeira está nas escolas, Não fique de fora”.
“Não é estritamente verdade que endividar-se seja mau, depende de para quê que se endivida. Se o endividamento se destina a promover um investimento que vai gerar rendimento futuro, que, por si mesmo, gera o reembolso desse endividamento, significa que não só mantemos o mesmo nível de consumo que tínhamos à partida, como vamos ainda aumentar a capacidade futura de rendimento após o reembolso do empréstimo”, afirmou o governador.