Lisboa, 11 out (Lusa) — A possibilidade de privatização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) deve ser discutida “sem tabus”, mas uma venda parcial “dificilmente corria bem”, disse o antigo presidente da Associação Portuguesa de Bancos João Salgueiro.
“Há que não haver tabus nisto. É para discutir, discuta-se. Agora, os argumentos que tenho ouvido [a favor da privatização] são desastrosos”, disse Salgueiro, que já presidiu à CGD, numa entrevista à Lusa.
“Ouvi dizer, tive até de ler três vezes, que era bom ter lá interesses privados para controlar a governamentalização excessiva. Isto não percebo! Nunca ouvi falar em ter interesses privados para controlar a qualidade da vida política. E se há necessidade de controlar a governamentalização, a Constituição tem mecanismos para isso”, afirma.