Lisboa, 13 jul (Lusa) — Mais de uma centena de situações de “Má Despesa Pública” deram nome a um livro que chega hoje às bancas mas poderiam ser mais, caso Portugal fosse “um exemplo de transparência”, defendem os autores da obra.
Portugal “objetivamente não é um exemplo de transparência” no acesso à informação, garante um dos autores de “Má Despesa Pública”, Rui Oliveira Marques, lembrando que no portal da internet do Tesouro do Reino Unido a informação dada centra-se na despesa feita com impostos, enquanto no Ministério das Finanças português as explicações são dadas para pagar impostos.
Arranjos em jardins inexistentes, como é o caso do antigo Governo Civil de Lisboa, desperdícios de automóveis de gama alta ou luxos em fundações como o INATEL, custos de obras que nem arrancaram, como os vários novos aeroportos em Lisboa, parques de estacionamento construídos há anos ainda por abrir no Cartaxo, festas de milhões em Oeiras, relógios de ouro em Almada ou obras de milhões em campos de futebol inadequados na Madeira são alguns dos exemplos de um despesismo que os autores comparam, na obra, à imagem que existe de países como a Grécia.