Porto, 15 jun (Lusa) — O presidente do conselho de administração da RAR Açúcar, João Pereira, alertou hoje que a indústria de refinação europeia tem a viabilidade condenada se as normativas da Comissão Europeia de importação de matéria-prima não mudarem, pedindo justiça e equilíbrio.
“A RAR tem enormes dificuldades em garantir matéria-prima para alimentar a sua refinaria porque ela, pura e simplesmente, não está disponível em quantidade suficiente”, disse à Agência Lusa João Pereira, explicando que a indústria de refinação europeia está apenas autorizada a aprovisionar-se de origens ditas preferenciais, sem pagamento de tarifas, cuja produção não atinge os níveis projetados pela Comissão Europeia (CE).
Segundo o presidente do conselho de administração da RAR Açúcar, a CE, “desde a reforma de 2006, tem negado estas dificuldades de aprovisionamento”, que já obrigaram a RAR “a parar a refinaria por completa exaustão dos ‘stocks’ de matéria-prima”, resultando na “corrida ao açúcar há dois anos, próxima do Natal”.