Álvaro Cunhal, revolução e ressaca
No dia 30 de abril de 1974, pelas 13h50, o voo da Air France AF501, proveniente de Paris, aterrava na pista do Aeroporto da Portela, em Lisboa. Entre os passageiros, viajava um homem de farto cabelo completamente branco, sobrancelhas carregadas e negras e um olhar vivo e determinado que, 14 anos antes, abandonara o território nacional. (Artigo originalmente publicado na VISÃO Biografia)
Abril ora chora, ora ri*
só a falta de memória e a iliteracia política e histórica (que desmentem a ideia de que temos a geração mais bem preparada de sempre, como veremos...) permitiriam concluir que, ao fim de 50 anos, teríamos mais razões para chorar do que para rir
Ajustar contas, antes de Belém
Se, relativamente a Cavaco, Passos Coelho se limita a concluir que, por vezes, o ex-Presidente mais desajudou do que ajudou o seu governo, ou que Montenegro se tem afastado da herança desse mesmo governo, a forma como tratou Paulo Portas é verdadeiramente letal
O combate do Governo
O Governo nunca será capaz de fazer reformas estruturais, a não ser que consiga alguns acordos de regime com o PS (por exemplo, na área da Justiça). Um governo de combate é então o quê?
Novo ciclo político: O xadrezista, o patinador e o “action man”
Os planos de Marcelo para evitar novas dissoluções, as medidas imediatas de Luís Montenegro, as estratégias de Pedro Nuno Santos e o legado, em números, de António Costa. Saiba como serão os primeiros dias do resto da legislatura
Pedro Nuno Santos, o homem que não arrasta os pés
Câmara, luzes e, sobretudo como diziam os cartazes, “ação”: Pedro Nuno Santos fala como se fosse o primeiro-ministro. Resta saber se António Costa não vai andar por aí...
Montenegro, o patinador
Como o novo primeiro-ministro quer dominar os patins que alguns já lhe põem nos pés e conseguir boa nota técnica e artística
Marcelo Rebelo de Sousa: Um árbitro que também joga
Marcelo procura margem para não ter de dissolver o Parlamento outra vez. Mas Ventura é pedra no sapato
Chegar aos emigrantes
O discurso Big Brother e a linguagem TikTok, fáceis, simples, sem nada lá dentro, mas plasticamente consumíveis, não obrigam a pensar
Os dilemas de Marcelo: Os cenários possíveis e o que aí vem
Dos múltiplos cenários que se abrem, poucos garantem a estabilidade desejada pelo Presidente. Saiba o que pode acontecer
Isto já não é só protesto
A direita portuguesa vai ter de lidar com o Chega, parceiro incontornável de futuras soluções. Mas, se o PS pensa que o problema é da direita, está bem enganado. Se o populismo crescer a este ritmo, sociais-democratas e socialistas serão devorados pela mesma vertigem: o que move os eleitores votantes do Chega, que até se apresentou ao eleitorado com demagógicas promessas de esquerda, não é a ideologia
Pedro Nuno não governa, nem que lhe peçam. Já Montenegro, não tem outro remédio...
Foi com o ar de um mártir que cumpre o seu sacrifício que Montenegro renovou o seu compromisso eleitoral: "Não é não"
Sem Chega, teremos um "governo iogurte"
O próximo Governo poderá ser como os iogurtes: pode durar para além do prazo de validade
Frases, imagens, incidentes, mensagens, pontos altos e baixos da campanha, em contagem decrescente até 10 de março
Relato destes últimos dias de campanha alegre
Bloco de Esquerda: Ser relevante outra vez
Apostando tudo no regresso da geringonça, o Bloco de Esquerda também já se rendeu ao mantra das “contas certas”. Que novidades trouxe Mariana Mortágua?
PCP: Luta pela sobrevivência
Em perda no Alentejo, muito antes de o Chega existir, o PCP joga todas as fichas em distritos populosos e na narrativa sindical: salários, salários, salários
Entre o "cool" e a matrafona
Se 2024 terminasse hoje, uma das palavras do ano seria o pronome pessoal “eles”. Os políticos exigem-nos ruturas que não desejamos fazer. E obrigam-nos a escolher entre o branco e o preto. O centro desapareceu. Por isso é que há tantos indecisos. Na dúvida, vota-se no mais cool
Campanha alegre: Frases, imagens, incidentes, mensagens, pontos altos e baixos, em contagem decrescente até 10 de março
Relato destes últimos dias de campanha
Passos, o totem e o tabu
Esta “ajuda” de Passos surge no início da campanha, e não por acaso: o assunto fica arrumado e ele fica despachado. As animadoras sondagens dispensavam-no, mas a política não
"Pretendemos criar uma rede entre imprensa, ERC, plataformas, CNE e até a academia, que permita, de uma forma muito rápida, atuar sobre a desinformação, em contexto eleitoral"
Fernando Anastácio, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, em entrevista à VISÃO
1975. A primeira campanha da História
Quando até o PPD era socialista, o PCP exibia a foice e o martelo e o MFA se dedicava à caça ao voto... em branco. As incríveis histórias de um tempo de mesas-redondas (em vez de debates), com partidos banidos e em que só a esquerda tratava os eleitores por tu…